Desço a rua e subo a rua, vou de casa para o tasco e deste para o estirador, o trabalho corre limpo e como o quero porque faço o que gosto. Repetição de gestos. Imitação da vida. Do mais, não paro em casa a não ser para dormir, cheira a azedo, sobras do que comi e me caiu mal, o que o meu corpo rejeitou não foram os copos do esquecimento da taberna, foi uma ruiva mal digerida que comi na gula da pele, só os olhos a pensarem. Restos estragados vai-se a ver, até parece mal um trabalho bonito numa casa suja. É sempre assim, o que se espreme do que foi é quase nada, um sobe e desce que não leva a caminho nenhum ou um cheiro que ninguém deseja a lembrar a última vez.
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