Não sei que mulher é essa que ligou para a taberna. Não deixou nome. Perguntou por mim, quería falar comigo e não deixou nome. Não sei quem terá andado a ligar cá para casa e a desligar quando atendía. Não sei como fui esquecer-me dos óculos na taberna, se nada vejo ao perto sem eles. Não sei porque o material que uso está em ruptura e também não sei porque razão não me apetece trabalhar. Sinto-me desencaixado. Sinto-me apertado dentro da minha casa. Abro a janela ao final da tarde e vejo o dia a morrer e sem saber porquê, sinto um bocado de mim a ir-se com ele por cada vez que esse gesto de atirar os olhos além me condena. E me acalma e pacifica. A noite chega.
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