Ouvir-te os saltos como castanholas não faz andar o tempo para trás. Muito menos voltar a sentir a tesão que te tinha, por isso vens enganada, achas que deixares-te à entrada com olhar picante e blusa desapertada me leva a começar tudo de novo. Fechas a porta e encostas-te a ela, percebo a mensagem, agora não escapas, não escapo a quê, a nós, frases feitas, deixas cinéfilas, tenho uma coisa para ti muito mais insignificante, uma escova de dentes, estala-te o verniz, mandas-me enfiar a escova de dentes num sitio recondito e avanças para mim de mão em riste. Abro a porta, não és bem vinda. Sais. Mais uma escova de dentes para o lixo, embalada e tudo. De onde é que saiu tanta feiura?
1 comentário:
Nada faz andar o tempo para trás. E para quê? Nada é "repetível".
(Por vezes só mesmo a História (da Humanidade?!) com factos cíclicos de acontecimentos a contribuirem para a extinção de espécies, como explicação de equilíbrio da Natureza, mas...)
Olhar em frente.
Novas noites se adivinham, avizinham e te absorverão os sentidos. Sem memórias.
Besos
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