Vens desalvorada, os saltos como pregos, o volume da voz disparado, o dedinho indicador demasiado próximo do meu nariz, do meu peito, não gosto dessas atitudes sabes bem, além de que estás na minha casa, na minha sala, acalma-te lá e diz ao que vens. Mas não, só choras, choras desalmadamente, mas que coisa, pára com isso, assoa-te, queres água, chá, um copo de vinho acalma, mas não, não queres nada, ou melhor queres que te diga o que não te vou dizer, insinuas que te devo pedir para voltarmos, que te diga aquela coisa. Voltarmos? Mas deixámos de estar? Chamas-me estúpido, estúpida és tu e mimada, não vou discutir, não te vou dar cobertura às merdas que fazes e depois não sabes aguentar e baixa a voz ou terei de fechar a janela, já se ouve os teus gritos no Tejo. Mais choro. Não dá. Vou-me embora e não volto mais, agora ameaças? Se o dizes... Agarras-te à maçaneta da porta, devagar, esperas que te impeça, toma que isto é teu, mas o que é isto? a tua escova de dentes e um cravo de papel que tenho aqui desde o Stº António para te dar. Noite, noite, noite, vem depressa, depressa que preciso de ti!
3 comentários:
Sou Mulher, mas essa começa a irritar-me...Se for mesmo assim como dizes, porque por vezes os homens gostam de inverter as histórias, por não aguentarem as culpas, lol
Bjs
(Hoje estou muito agressiva. alguém me magoou com uma história TÃO, MAS TÃO semelhante...)
Baci
E a noite bastará para o dia seguinte?...
Eu não sei comentar posts destes.
Tenho sempre dúvidas: é fruto da imaginação ou diário de bardo (bordo)? :)
As perguntas assim se iniciam.
Beijos, bom fim de semana.
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