Noite longa, marchas a ecoarem pelas vielas, pelos becos, pelos pátios, adormeci com o som de vidros estilhaçados e gritos, amantes, putas e chulos, risos, um gato a miar à lua, não houve lua talvez por isso miasse. Fiz a noite de braço à cintura dela, mãos dadas com o sereno que a madrugada vem reclamar, cheira a despedida, porque será que a madrugada cheira sempre a despedida, embrulho-me nestas coisas sem nexo e adormeço com o cheiro do meu corpo, tão diferente do teu a maresia e a bronzeador. Quando voltares sei que me vais perguntar como foram as coisas por aqui, encolho os ombros, que queres, há coisas que não se repetem.
5 comentários:
eu diria que nada se repete. até o que ainda é já não é da mesma maneira.
um abraço
hoje, só hoje... também eu adormecerei nos braços da noite, onde os ruidos se confundem com os desejos, e os aromas despertam os sentidos
beijo nocturno
Na duvida te deixo, então:-D.
Na certeza, que há coisas que não se repetem. (Talvez por isso, a minha partida...)
Bjs do lado de cá (do espelho).
Mais do que as madrugada, as noites que sabemos não ter, são de despedida. Anunciada.
A noite e a magia da Lua.
Bj de Lua Cheia.
Nem Lisboa e as suas histórias se voltarão a repetir.
Depois da sardinha, das mulheres e homens que vestiram a cidade por uma noite, chega-me a voz de um fadista perdido:
-sombra que passa e nada mais...
Abraço.
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