Falas à mesma velocidade com que os saltos dos teus sapatos picam as escadas, emendo sandálias, isto não são sapatos ensinas-me tu, ok aprendi, só não percebo o motivo de tanta excitação ainda mais a seguir a um dia em que não deste as caras e nem sequer tocas no assunto, falas, falas, caramba como falas rápido, agarro-te e aperto-te contra mim, tento beijar-te, inclinas a cabeça para tráz, não me estás a ouvir, eu estou a falar, pois isso sei eu mas não estou muito interessado nessa barulheira, prefiro que me deixes ocupar a tua boca com as palavras que tenho debaixo da lingua, estás parvo, não, estou com tesão, então faz cruzes na boca, não te apetece, não é isso, então é o quê? É aqui que te calas, baixas a cabeça, libertas-te dos meus braços e de costas para mim junto ao parapeito ouço-te baixíssimo, temos de falar, fala, não penses que é fácil, eu não penso nada, aconteceu uma coisa, que coisa, uma coisa que eu não estava à espera e não a procurei, fala, no fundo foste quase tu que me empurraste, eu? É neste preciso instante que sinto que a noite grita por mim e não há parapeito que me resguarde.
4 comentários:
Eu bem te dizia...
Mas cala-a com um beijo!
:-D
(Hoje Lua Nova...o parapeito resguarda-te nesta noite...)
Besos
...Esse discurso é-me tão familiar que até dói. Melhor será escorregarmos no corrimão :-D
Besos
Talvez ainda te surpreenda...
Um beijo.
...parapeito de peito aberto...
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