Chegas como ontem, visivelmente abatida, olheirenta e de poucas falas. Tenho uma surpresa para ti, mas tu não pareces demonstrar grande interesse no meu interesse, fecha os olhos, fechas, mas se te tivesse pedido para te lançares pela janela acho que também o terías feito com o mesmo entusiasmo, já podes abrir... O que é isso? O melhor bolo de chocolate do mundo, estás sempre a falar deste bolo e hoje está aqui para te deliciares, hum, então? Olhas para mim, depois para o bolo, depois para mim outra vez, levantas-te, achas que estou pouco gorda? Queres é que eu fique ainda mais gorda, obrigadinho pelo recado, percebi-te, mas eu é que não percebo nada do que se está a passar e estou a sentir-me perdido no meio da minha sala com um prato com o melhor bolo de chocolate do mundo nas mãos, que é que eu fiz? Não me respondes, já com o corpo meio fora meio dentro do patamar olhas-me de uma forma tão triste, tão triste que sinto um aperto na garganta, já não gostas de mim, fico mudo, quero falar mas não sei o que hei-de dizer. De repente ficou noite e os candeeiros estão apagados.
2 comentários:
Não desanimes. Claro que ela gosta de ti. É apenas uma fase, em que muitas vezes nem nós próprias nos compreendemos, quanto mais os outros. Mesmo os que nos amam.
(Já agora, uma fatia desse bolo, ia mesmo bem. Trocava por um Moscatel :-D)
Beijosssssssssss
Eu adoro bolo de chocolate, e digo-te que anima sim senhor uma alma necessitada de conforto!!
beijos com chocolate!
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