Trazes um discurso estudado e muito bem ensaiado, claro que resulta porque sabes que te ouço sem abrir a boca e assim podes alegar e retorquir a teu bel-prazer. Ficas encantadora nestes raros momentos de seriedade. Mas estragas o boneco quando vais buscar aquela palavra e me perguntas se é verdade, o que é que eu sinto por ti, se te quero para sempre, sei lá se te quero para sempre, agora quero e não importa o raio dessa palavra que tanto enrolas na lingua, vem cá que eu mostro-te o quanto quero de ti e de mim, não é isso que importa? Encosto-te na parede e amarinho pelas tuas pernas, sinto o sabor da tua pele e a pele a arrepiar-se, não, não vou dizer a palavra, desculpa se para ti ser romântico é só dizer a palavra. Começo a achar que essa maldita palavra é um botão para ligar e desligar o que sentes por mim. Não digo, vais embora furiosa e de blusa desabotoada. Também a noite se desabotoa e o dia foi dormir.
3 comentários:
logo leio
com mais atençao
uma pequena cedência, ela fica feliz, vá diz-lhe, se ela precisa vá, até não custa nada, não queres? sim, eu sei, não devia ser preciso, mas até é bom para ti, quando estiveres farto, e um dia vais ficar, até pode ser que seja ela a fartar-se primeiro, mas, se fores tu e, enquanto não te organizas e não arranjas para onde ir, vais-lhe dizendo o que ela precisa de ouvir e, qundo chegar a altura vais embora.
cínico eu? não é bonito? pois não, mas a vida é uma treta e um dia vais dar-me razão.
nada dura
nem a mizade,
nem o amor
quanto mais a paixão?
lérias apenas lérias---------
Enviar um comentário