Hoje vieste mesmo, fiquei a olhar-te e a pensar no que sucedeu ontem com a partida que a minha cabeça me fez. Parecías tu a chegar mas nem eras nem chegaste, uma sensação caleidoscópica em que dificilmente se percebe o que são contas de vidro e reflexos nos espelhos. Perguntas porque te olho desta maneira, por nada, adiantava alguma coisa eu explicar mas enquanto estou nestas divagações sobre o digo-não-digo já tu estás noutra, não apanho o fio da conversa, distraído, és muito distraído. Nem tanto, se soubesses que o motivo és tu então tería conversa até ao final do ano e tudo isto que me está a surpreender enquanto não o entendo passaría a ser uma banalização. Perdi-me, tento apanhar-te, tu hoje vens ousada e por dentro dos meus bolsos sinto as tuas mãos à procura de mim. Esqueço tudo. Até a noite chegar ainda vai demorar um bocado.
3 comentários:
Por vezes custa muito que a noite chegue...
Adoro ler e reler estas palavras que parecem escritas por/para mim.
:-D
a noite, a noite tem hora de chegar?
Esquece-te na lembrança do melhor!
beijos
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