Magia. Uma simples frase e tudo volta a ser como era dantes. És mesmo tu sem sombra de dúvida com cabelo de outra cor e alguns atrasos na performance mas cá estamos nós no ponto onde parámos. Uma tecla premida no comando para tomar fôlego por alguns anos e lá vamos nós ao mesmo. Acontece que eu não pintei o cabelo, aliás perdi foi cabelo e muita da pachorra que tinha para te aturar as birras, por isso se pensas que vens para tirar satisfações dá meia-volta ao cavalo e vai por onde vieste. Perguntas de novo se nada tenho para te contar, por onde andei estes anos e agora vou responder-te silabicamente que já recuperei o som na voz mas vens para mim de braços esticados, apertas-me contra ti tão fortemente, agarras-me o pescoço com a mão, tens a mão gelada que me fazes arrepiar todo. Não digo nada, abraço-te. Depois num rompante afastas-te, olhas-me a chorar e eu já não percebo nada, é para sorrir ou não, voltas a abraçar-me e dizes-me coisas ao ouvido que não percebo, devo estar a perder a audição também a par com a vista, estou velho. Nem tanto, sinto um calor progressivo que me toma entre os joelhos e quero afastar-te docemente para que não te apercebas, é que não estou totalmente à vontade, peço que te sentes mas insistes nestes segredos indecifráveis até que te levo ao sofá e te desenrosco do meu pescoço. Protejo a frente das minhas calças com as mãos e sento-me no banco do estirador, vamos com calma, isto é tudo demasiado para mim, chegas ruiva e silenciosa, depois a pergunta, logo a seguir estes apertos, calma. Dizes-me que tens saudades de mim, daquele tempo, se podemos ser nós outra vez.
1 comentário:
E podem?
:-D
(Nada se repete....)
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