ANTES QUE A NOITE CHEGUE

(SOLILÓQUIOS E METAMORFOSES)
O querer intermitente é como os olhos abertos e os olhos fechados, quero ter tudo como era antes de partir e não posso voltar a ser o que era porque tantas noites já esperei e outras tantas surgiram para meu sossego. Fica assim concluído que nem sempre tudo obedece à cabeça de um homem, não tinha grande vontade de ir à tasca e dei comigo a fazer os passos que me levavam até ao balcão gorduroso onde alegremente encosto a barriga e demoro propositadamente para me recordar aquela voz de uma mulher que me esperava em minha casa e me esperava com palavras que recuso na minha boca. Mas o exemplo deste caminho é também o exemplo da mudança, direi do querer às vezes, uma intermitência que me justifica a saudade, umas vezes tenho-a outras abomino-a.

1 comentário:

Luna disse...

Eu desisti de ter.A saudade.
Prefiro perseguir sonhos e apaixonar-me cada vez mais. :-)
Baci